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domingo, 27 de março de 2011

Um mundo mulherzinha, todo pink

Dia desses fui sorteada no twitter. O que eu ganhei? Um convite, com direito a acompanhante, para participar de um evento da Granado no café Besi, no Centro do Rio. O evento, em comemoração ao mês da mulher, falava sobre a linha Pink, que a-do-ro. Então, embora não tenha sido assim um meeeeeeegaprêmio, devo confessar que eu bem gostei de ser chamada para o evento.

Para me acompanhar, escolhi chamar a Fernanda Carreira, que, no pouco tempo em que trabalhamos juntas, conseguiu me tornar ainda mais obcecada pelos produtos da Granado e, especialmente, pelos da linha Pink. Senti que era a companhia perfeita para a ocasião e uma das que mais tiraria proveito do tal evento. Então, dia 18 de março, lá fomos nós para a Besi - um misto de café e loja de decoração ultrafofo na rua do Carmo - cheias de expectativas rumo a uma promissora sexta-feira.

De olho nas sacolinhas!

O evento consistia em palestras sobre a Granado e os produtos da linha Pink, com destaque para as novidades (o creme para cutículas e o óleo fortalecedor de unhas, que eu já havia comprado). Falaram também de produtos que virão, como um super-gel que promete proteger calos e bolhas dos pés. Esse eu realmente fiquei ansiosa para conhecer... prometeram para meados de 2011!!!

Em seguida, rolou um lanchinho com sanduichinhos fofos e gostosos da Besi, minicupcakes e refri, além de frapês de doce de leite e chocolate. Teve também um momento relax, para esfoliação e hidratação das nossas patinhas cansadas, mas fiquei decepcionada por não terem aproveitado para demonstrar o creme para pernas e pés cansados, nem o talco antiséptico cremoso e nem mesmo a cerinha para as unhas e cutículas. Eu já conhecia (e gosto de) todos, mas detestei sair de lá com os pés besuntados de creme, escorregando no sapato. :-/

Esfoliar e hidratar é bom, mas usar sapato depois é uó... :-/

No final, rolou um sorteiozinho de três kits, que não ganhei. As pobres mortais não sorteadas tiveram que se contentar com o óleo fortalecedor (que eu acabei dando para minha mãe, pois não vi sentido em guardar) e um cupom com 10% de desconto. Achei meio pobrinho isso. Não tinha tanta gente lá que não pudessem dar, pelo menos, mais coisas para todas. Ok, continuarei a usar os produtos, ainda que precise pagar por eles, mas acaba que o evento valeu mais mesmo pelo lanche. :-)

Queria tanto um creminho para pernas e pés cansados...

Hummm... Se bem que a Besi também deu uns brindezinhos bem muquiraninhas... Um pacote de café solúvel Suplicy (ok, já experimentei e recomendo, mas o nome inspira muuuuita desconfiança) e um pacotinho de guardanapos de papel desenhadinhos. Mas, enfim, de graça, tá valendo.


domingo, 6 de março de 2011

Memórias de outros carnavais

Carnaval não é exatamente um momento fácil para mim. Nunca foi. Sempre me senti menos eufórica do que meus amigos. Lembro, quando criança, de pensar cuidadosamente na fantasia que eu usaria e, na hora h, eu me vestia para ficar em casa, muitas vezes sozinha. Soa deprê, né? Mas eu não ficava triste por isso. Às vezes, havia os bailes do Fluminense para ir, mas creio que era só isso mesmo. Fantasiar-me era algo quase burocrático.

Este período do ano tampouco me traz recordações de grandes viagens. Meus avós, tios, primos... Sempre foram ratos de praia e iam muito para a Região dos Lagos. Entretanto, em geral, quando acontecia de eu e meus pais viajarmos, íamos para o sítio, onde não havia carnaval propriamente dito. Mesmo assim eu me fantasiava, pelo que lembro. E nem sempre havia um propósito nisso. O pior era ficar trancada em casa, à noite, sem outras crianças, sendo obrigada a assistir aos desfiles das escolas na TV. Beirava a tortura, porque a casa que tínhamos na serra era pequena e eu não conseguia dormir com aquele barulho.

Namorei e casei com um homem que amava o carnaval, apesar de ser um sujeito absolutamente introspectivo. Sabia todas as letras de samba-enredo, lembrava dos desfiles de cada escola, citava as campeãs de cada ano e me obrigava a passear pela Presidente Vargas para ver as alegorias que entrariam na avenida. Em casa, fazia questão de ver todos os desfiles e teve como grande frustração nunca ter me convencido a acompanhá-lo ao Bola Preta. Era um mangueirense convicto e orgulhoso. Passei anos tentando digerir melhor o carnaval por causa dele.

Este é o meu primeiro carnaval sem o Flávio. Pensei cuidadosamente nas fantasias que pretendo usar. Ontem, fiz minha primeira incursão pelo carnaval carioca (ok, segunda, já que sou assídua frequentadora do Nem Muda Nem Sai de Cima, bloco tijucano a que sinto ter a obrigação moral de comparecer todo ano). Fui de gata, pantera, sei lá o que era aquilo. Choveu. Foi divertido pelas companhias que tive, mas não me senti fazendo parte daquilo. Fomos para a Lapa, mas lá também o carnaval me pareceu um pouco surreal. Resultado? Dormi o sábado inteiro, inclusive meio gripada. Atividades momescas? Nenhuma. Assisti a um DVD e fui ao cinema, sozinha.

Quem sabe amanhã, não é mesmo? Meus amigos em peso irão ao Boitatá. Acho que preciso seguir cada dia de uma vez. Se não chover tem mais chance... Talvez ver os shows gratuitos nos Arcos da Lapa seja uma opção mais realista. Vejamos.

E deixo, aqui, o melhor exemplo musical não-carnavalesco que encontrei para este sábado à noite:

RETALHOS DE CETIM
Benito di Paula

Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei.