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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Troca de livros

Acho que já disse aqui mais uma de uma vez: adoro ganhar livros da Saraiva. Porque é fácil de trocar e, como eles dão o prazo de um mês para isso, dá até tempo de ler o livro ganho e decidir se vale a pena mantê-lo na estante ou não. Há quem pense que faço uma grosseria ao fazer a troca, mas o fato é que minhas estantes já são abarrotadas demais para que eu me dê ao luxo de ficar juntando livros lidos que não pretendo reler ou dos quais não precisarei para mais nada (um trabalho acadêmico ou uma pesquisa, por exemplo).

Pois bem, dito isto, confesso: troquei o livro que meu amigo Vital me deu de presente de aniversário. :-)

E vejam que era um Vargas Llosa que eu ainda não havia lido... Só que eram vários contos, do livro de estreia dele, e uma novela. Ou seja, não me fascinaram como os romances do sujeito o fizeram. Não morro de amores pela pessoa pública que é Mario Vargas Llosa, mas realmente gosto do romancista que ele é. Achei, inclusive, bem razoável o Nobel em Literatura recém-recebido por ele. O cara é bom escritor, mas, em início de carreira, verdade seja dita, ainda tinha um longo caminho a trilhar...

Rodei, rodei a Saraiva do Shopping Tijuca e acabei batendo o olho numa edição bonita (Ah, as capas... Elas sempre me chamam a atenção!) de um livro de Nelson Rodrigues, escrito sob o pseudônimo de Suzana Flag... Ameeeeeeeeei o título: "Meu destino é pecar". O livro que troquei custava pouco mais da metade, mas consegui inteirar com um bônus que eu tinha no cartão Saraiva Plus (Sorte, né!?) e acabei dando apenas sete reais do meu bolso.

Saquem só a capa e a contracapa:

Não é lindo? Foi amor à primeira vista!
Achei um barato a contracapa com a "assinatura"
do pseudônimo Suzana Flag




No ônibus de volta para casa, quase emendei de vez na leitura. Como flui, né!? Ler Nelson Rodrigues, mesmo quando a história é barra-pesada, é de uma leveza assustadora. Entretanto, achei melhor deixar para saboreá-lo mais tarde, quando já tiver terminado "A história de Mayta", um romance do Vargas Llosa que encontrei perdido na minha estante. Não, não recomendo, mas não é de todo ruim. Achei a tradução sofrível, é verdade, mas o pior é que este é um romance muito aquém dos que já li dele. Interessante, mas dispensável. A ser lido, preferencialmente, no original ou com outra tradução que não a de Remy Gorga Filho, de quem nunca nem havia ouvido falar. Alguns me perguntam: "Então, por que ler até o fim?" Mas é que eu sou curiosa, né!? Não consigo parar assim no meio... :-)))

Um comentário:

Beatriz Fontes disse...

Terminei a leitura, depois de devorá-lo vorazmente: amei, deliciosamente trash. :-)