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domingo, 26 de julho de 2009

Ontem não teve Samba na Praça

E, pelo que o Gabriel [Cavalcante, da Muda, como queiram] disse, hoje também não ia rolar. O motivo, ao que parece, foi a chuva. Pena. Menos mal para mim, que tenho que trabalhar - bastante! - aqui e ia ficar morrendo de vontade de me despencar para lá. Já estava até fazendo planos para depois da aula da pós, como disse no post anterior. Mas nem fiquei para ver o finzinho do Samba da Ouvidor. Voltei correndo para casa e cá estou, revisando um livro-bomba, morta de sono.

Enfim, é isso. Só fico meio triste por não termos show da Anna Pessoa, que canta pacas. Para vê-la, só indo até o Otto mesmo. Agora, resta aguardar o bom tempo no fim de semana que vem e torcer para que a tal Camille Deslandes esteja à altura dos demais. Sei lá, essa história de samba jazz ainda não me convenceu. Vejamos no que vai dar.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Tijuca: 250 anos de tradição

Há três sextas-feiras, venho batendo ponto no Samba na Praça, evento que traz shows promovidos pelo Otto Bar e Restaurante num palco montado em pleno chafariz da Saens Peña. O projeto faz parte da programação elaborada pela Subprefeitura da Tijuca, em homenagem aos 250 anos do bairro. É realmente genial e, juro, não estou ganhando nada para dizer isso. Acontece que é tão raro vermos ações desse tipo na região que é difícil não nos tornarmos entusiastas. Claro que houve pequenos problemas de organização, mas compreensíveis, dado o ineditismo da iniciativa. Acho que o caminho é esse mesmo: ocupar o espaço público para retomar o controle sobre a nossa cidadania. E a cultura é, talvez, o melhor instrumento para tanto.

A estreia foi no dia 3, com apresentação do grupo Samba da Ouvidor, comandado pelo tijucano Gabriel Cavalcante (ou da Muda). Conhecido pelas rodas quinzenais que vêm revitalizando o Centro Antigo (aos sábados), o grupo contou com a participação especial de Moacyr Luz e apresentou um repertório bastante diversificado, que agradou em cheio ao público. Mesmo com ameaça de chuva – que no fim não passou de umas poucas gotas –, a plateia formada por pessoas de todas as faixas etárias não arredou o pé. Aliás, foi difícil conseguir mesa... E uma senhora à minha frente insistia em manter o guarda-chuva preventivamente aberto. Apesar disso, amei. E imagino que sábado também tenha sido um sucesso.

Já no dia 10, foi a vez do grupo Samba do Trabalhador, também sob a batuta de Gabriel Cavalcante – figurinha fácil que ainda deve se apresentar no dia 24 – e com participação especial de Marquinho Sathan. Desta vez, o sucesso foi absoluto. O início pouco atrasou, a estrutura montada pelo Otto com as barraquinhas da Ambev por pouco não deu conta da demanda. Durante algumas horas, a promoção da cerveja Antarctica (duas por R$ 5) precisou até ser suspensa, mas voltou antes do final. As mesas e cadeiras distribuídas no entorno no chafariz não foram suficientes, o que não chegou a ser um problema, já que muitos preferiam ficar de pé para dançar. Não sei se a chuva chegou a atrapalhar a apresentação de sábado, porém acredito que o grupo tenha conseguido garantir a empolgação.

Sexta-feira passada, dia 17, foi a vez do cantor Chamon comandar a função. Ele cantou vários clássicos do samba e até atacou um My Way numa levada de samba. Interessante. Lá para o fim, a Velha Guarda do Salgueiro subiu ao palco para uma participação especial. Confesso que fiquei um pouco decepcionada. Os sambas de enredo – manjadíssimos – empolgaram o público, mas me pareceu meio fora do conceito de Velha Guarda. Senti falta dos sambas de quadra, que não conheço e gostaria de conhecer. Não sei, pode ser implicância. Talvez o tempo fosse muito curto e, afinal, o palco não tinha muita infraestrutura para receber tantas vozes... A conferir outras vezes.

Pretendo, é claro, comparecer aos shows dos próximos dois fins de semana. Tenho ido sempre às sextas, emendando com a saída do trabalho, mas é bem possível que essa semana experimente ir no sábado. Será a vez, como já disse, de Gabriel Cavalcante voltar ao palco, dessa feita com a cantora Anna Pessoa e a Bateria da Unidos da Tijuca. Para encerrar, nos dias 31 e 1º de agosto, haverá show com Camille Deslandes e banda levando um Samba Jazz Contemporâneo (o que será isso?), com participação da Bateria Sinfonia do Mestre Capoeira e do Cantor Pixulé da Império da Tijuca. Estou curiosa para ver que samba isso vai dar...

Os eventos em comemoração ao aniversário da Tijuca não se restringem ao projeto Samba na Praça. Para ver a programação completa, visite: www.250anostijuca.com.br