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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Não, nada a ver com Smurfs (ainda bem!)

Finalmente, fui ao cinema ver Avatar. Foi minha primeira experiência em 3D, depois de frustradas tentativas de assistir a Up - Altas aventuras e A Era do Gelo 3. Queria muito ter visto estes dois desenhos em 3D, por mais que me digam que não tinham nada demais e que podem ser vistos em DVD numa boa. Acredito, mas a vontade permanece. Se há a versão em 3D, por que eu me contentaria com a feijão-com-arroz? De qualquer forma, confesso que saí do cinema com uma dor de cabeça fenomenal. Sentia-me como se tivesse feito uma longa (e põe longa nisso!) sessão de ortóptica (quem já fez sabe como é).

Azuis, mas bem maiores e interessantes que os Smurfs


De volta a Avatar: definitivamente, ficção científica não é meu gênero preferido. O mesmo se aplica a filmes de guerra. Ou me dão medo ou me dão tédio. Nesse caso, em particular, os efeitos especiais me salvaram do tédio. Afinal, se não dá para ter medo daqueles seres azuis (temia que fossem imbecis como os Smurfs), tampouco dá para dormir no filme. E não é só por causa da previsíveis explosões... É tudo tão grandioso e tão lindo, das grandes cenas de guerra aos pequenos detalhes! São cores e formatos inteiramente novos, tudo bastante idílico. Além disso, achei bacaninha um herói paraplégico, por mais que a exploração do tema tenha me parecido superficial (mas, também, eu queria o quê?).

Li diversas críticas que dizem que o roteiro é pífio, e tendo a concordar. Entretanto, por mais óbvio que seja, mais estadunidense que soe (com os "selvagens" vestidos como índios apaches ou o conceito de que as coisas só podem ser vencidas na base da porrada), o troço inteiro funciona. Apesar de aquele papo meio ecochato soar um pouco como conto da carochinha... Não me entendam mal: não julgo ecologia algo chato, mas é que o discurso, muitas vezes, carece de ações e atitudes coerentes. E a história é excessivamente aguinha com açúcar, com trilha sonora épica a la Titanic... Muito embora eu ache que ninguém entra no cinema para ver Avatar esperando alguma história cerebral, que distraia dos tais maravilhosos efeitos especiais. Ou entra? O importante, a meu ver, é que tudo se encaixa, funciona. Você se emociona na medida e as cenas ficam ainda mais impactantes. Receitinha de bolo.

O ruim mesmo ficou por conta do atraso no início da sessão. Comprei o ingresso antecipadamente para a quarta-feira, dia 20, feriado de São Sebastião, às 20h20. Cheguei ao Shopping Tijuca no horário certinho e dei de cara com uma fila monumental para entrar na sala. Eles só abriram as portas em cima do laço e, para completar, havia um monte de gente reclamando de overbooking. Era muita gente em pé! A sessão, por conta disso, só começou às 21h. Não sei exatamente qual a explicação do Kinoplex Tijuca para isso, mas foi algo bastante inconveniente. Tampouco sei que destino tiveram as pessoas que precisaram voltar para casa. O fato é que o dia seguinte era dia de batente, e ninguém merecia aqueles 40 minutos de atraso.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Aventuras culinárias

Mal começou o ano e já fiz dois pudins! Quem me conhece sabe que culinária não é exatamente meu forte, e, no entanto, tenho certo orgulho em dizer que meus pudins deram certo! Ok, o primeiro, de nozes, quase queimou e eu ainda acho que teria saído melhor sem chocolate. Acontece que não quis arriscar. Todas as receitas que encontrei na internet teimavam em dizer que era para botar chocolate, então, acabei acatando à sugestão. Da próxima vez, não ponho. Bastam as nozes e o gosto do leite condensado. Foi bom porque aproveitei as nozes da cesta de fim de ano da empresa. Não todas, obviamente, já que uma parte substituiu a castanha na caponata de berinjela que pedi à Nena para fazer no Natal. Aquilo, sim, ficou bom demais...

O pudim seguinte acabou em poucos minutos, ainda meio morno, no almoço que oferecemos ontem lá em casa. O cardápio? Frango defumado com abacaxi (que não me atrevi a desfiar nem a misturar, responsabilidades da Marinalva e da minha mãe), tender besuntado de manteiga e mel com molho de maçã (esse, sim, "culpa" minha!), arroz da minha sogra e farofa de ovos com bastante cebola, feita pelo meu pai. Sucesso absoluto de público e crítica. Se bem que família é sempre meio suspeita, né? A única coisa que atrapalhou um pouco o almoço foi o calor que assola o Rio de Janeiro. Não há circulador de ar que dê jeito!

Aos interessados, seguem aqui as receitas:

Pudim de leite condensado

1 lata de leite condensado
1 lata de leite
3 ovos
1 pires de nozes (ou não)

Calda: 5 colheres de sopa de açúcar + 5 colheres de sopa de água

Caramelize a forma em fogo brando. Deixe esfriar. Depois é só bater o leite condensado, o leite e os ovos (além das nozes, se desejar), jogar em cima e levar ao forno médio, em banho-maria, por cerca de 50 minutos. Na dúvida, espete um palito para ver se sai sequinho. Para desenformar, é só deixar esfriar (pode ser na geladeira ou até no congelador, se o tempo for curto), soltar as bordinhas, aquecer a parte de baixo (da calda) por alguns segundos e virar (com cuidado) no prato em que for servir.

Frango defumado com abacaxi

1 frango defumado desfiado
1 lata de abacaxi em calda
200 g de passas
1/2 caixa de creme de leite
3 colheres de sopa de maionese

Cortar o abacaxi em cubinhos e misturar tudo. O segredo está no equilíbrio entre creme de leite e maionese. Acho que deve ficar bom com banana, amêndoa e um tiquinho de curry ou mostarda. Se alguém se atrever a testar, me conte.

Tender com manteiga e mel

1 tender "bolinha" (suíno)
3 colheres de sopa de manteiga
1 colher de sopa de mel

Misturar o mel e a manteiga. Fazer cortes (não muito profundos) em formato de losangos na superfície do tender e espetar cravos nos vértices. Besuntar o tender, que deve estar descongelado, e levar ao forno médio por uns 30 minutos.

Molho de maçã

1 maçã picada
1/4 de xícara de água
5 colheres de sopa de mel
Suco de 1 limão
3 cravos

Levar ao fogo e deixar apurar por uns 10 minutos.

Caponata de berinjela

5 berinjelas
1/2 pimentão vermelho
1/2 pimentão amarelo
200 g de castanha (pode ser substituída por qualquer oleaginosa, como nozes ou amêndoas)

Tempero a gosto: sal, azeite, vinagre, alho, cebola e orégano

Cortar a berinjela e os pimentões, misturar tudo. Juntar a castanha e temperar com sal, vinagre, azeite, alho, cebola e orégano a gosto. Lembre-se: tempere mais fartamente do que se fosse uma salada e leve ao forno. Depois de uns 45 minutos de fogo alto, tire, mexa tudo e leve ao forno novamente, vigiando pela janelinha até que os contornos comecem a ficar meio douradinhos (o tempo, claro, depende da quantidade, assim como do calor do seu forno).

Bem, é isso. Não sei cozinhar e agradeço por ter a Nena por perto, bem como a minha mãe (se bem que cozinha também não o forte dela), a Marinalva e a Neuza. Mas, além de gostar de procurar receitas na internet, tenho sorte de geralmente ter sucesso no que experimento. Essas receitas aí de cima eu garanto: dão certo.