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domingo, 28 de novembro de 2010

Um bom domingo

Hoje me desfiz de minha bicicleta. Era uma Caloi Ceci com cestinha, toda colorida. Gostava dela, era fofa, mas estava aqui apenas pegando ferrugem e poeira. Além disso, corria o risco de ter os pedais e o selim comidos pelas cadelas, tal qual elas fizeram com a bicicleta do Flávio. Estou feliz. Acho que ela será, finalmente, usada por alguém. Eu mesma quase conto nos dedos as vezes em que andei nela... Foi providencial encontrar a Raquel, amiga e conterrânea da Biba, nas imediações da Saens Peña. Agora, ela é a feliz proprietária de uma bicicleta, artigo que vinha pensando em comprar, pois facilitaria sua vida. Que faça bom uso.

Mas o domingo não foi marcante apenas por isso. Refiz, também, a prova para a Fiocruz. Desta vez, na Cândido Mendes do Centro. Tudo bem que não foi tão perto de casa como da outra vez, mas serviu para rever a Juliana e o Fernando, que andam bastante niteroienses. Vi também, ainda que de longe, o Salgueirinho, mas não deu para esperá-lo na saída. Provavelmente, se tivesse ficado na porta, encontraria ainda mais gente conhecida. Talvez fosse divertido, mas consegui convencer o digníssimo casal já citado a caminhar pelo Aterro e fomos embora.

Saímos a pé em direção à Praça XV, andamos até o aeroporto e, de lá, até o MAM... E seguimos adiante, sempre acompanhados daquela paisagem estonteante. O dia estava realmente lindíssimo, ótimo para caminhar. Juliana foi reclamando de fome o tempo inteiro, bem como das sapatilhas que dilaceravam seus pés, mas não desistiu. Decidimos caminhar até o Botafogo Praia Shopping para comer alguma coisa e, à altura do hotel Novo Mundo, no Flamengo, lembrei de ligar para a Rosana. Queria chamá-la para ver o novo filme do Woody Allen no Arteplex.

Ela estava andando de bicicleta em Ipanema, mas topou o programa. Juliana se animou para o cinema e continuamos a caminhada até o shopping. É bem verdade que, ao chegarmos lá e forrarmos nossos estômagos, ela quase deu para trás, mas o apelo de um programinha de meninas (o Fernando ia ficar pelo shopping mesmo) foi mais forte. E foi assim que assistimos à sessão das 19h50 de "Você vai encontrar o homem dos seus sonhos".

Gostei do filme, embora ache que o fim ficou meio solto... Gosto de histórias mais amarradinhas, com início, meio e fim. Não é o caso desse filme, mas como é um Allen legítimo, não importa tanto. Foi bom de ver, ainda mais na companhia de duas grandes amigas. Ter Juliana e Rosana ao meu lado, ao mesmo tempo, já valeu o programa. Pena, apenas, que, dado o adiantado da hora, não tenhamos parado para fazer um lanche depois. Mas valeu, ah se valeu...

Juliana e eu no Aterro: lindo dia

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Jazz no topo da favela

Finalmente consegui ir ao jazz no The Maze Inn, o hostel também conhecido como  A Casa do Bob, localizado em plena favela Tavares Bastos. O melhor da noite? Não gastei um centavo para entrar, pois tive a sorte de descobrir que um amigo músico está tocando lá. Encontrei o Leandro (Freixo) num show do grupo Cabuloso (do qual ele faz parte) no Centro de Referência, na Garibaldi. Ele me chamou para vê-lo tocar no The Maze e perguntei se ele não me arranjava dois convites (afinal, a entrada custa salgados R$ 30!).

Convites confirmados, partimos eu e Jaque rumo ao Catete. Para quem não sabe, a Tavares Bastos é uma rua de paralelepídos que sobe, sinuosa, como se fosse uma rua de Santa Teresa, cuja subida começa na Bento Lisboa (Catete). A gente vai passando por casarões fantásticos até não ter mais como seguir adiante e descobrir que está no meio da favela. Estacionei, e, logo, dois meninos se ofereceram para nos levar até a Casa do Bob: muito simpáticos e empolgados com o evento.

Não tivemos problemas para entrar, mas o lugar estava lotado e abafadíssimo. Afinal, sexta-feira fez um calor terrível e o lugar não conta com muitos ventiladores ou janelas. A varanda estava concorridíssima, então, mal conseguimos ver a paisagem deslumbrante que se vê lá de cima. Acho que é uma das vistas mais bonitas que se tem da baía de Guanabara em toda a cidade! Adoraria ter conseguido chegar lá na ponta. :-)

A música é realmente muito boa, mas os músicos praticamente não param de tocar. Isso me pareceu meio cruel, já que o lugar é tão quente. Entretanto, é claro que é ótimo poder contar com música ao vivo de qualidade praticamente todo o tempo. Quase não conseguimos falar com o Leandro, uma pena. Ah! Adorei o terraço do hostel, embora, de lá, não se ouça nem uma nota da música que continua a tocar, firme e forte. Acho, apenas, que faltam lugares para sentar... Ainda que de alvenaria (fica como sugestão).

Agora, problema sério mesmo é a bebida... A água sem gás acabou antes mesmo de a gente chegar. Eles conseguiram repor, mas continuou sem dar vazão e acabou de vez. A água com gás acabou em seguida. Tomei uma das últimas coca zero (como vocês podem notar, não estavávamos na pilha de encher a cara naquele suadouro) e, pelo que entendi, a cerveja estava quente. Sinceramente, a R$ 30 por cabeça, isso é bastante complicado... Mas não chegou a estragar a noite.

O público é bastante diversificado. Há muitos turistas estrangeiros, é claro, mas também cariocas de várias tribos. A mistura é inusitada, e, se estivesse um tiquinho menos cheio e fresco, seria o ambiente perfeito para interagir e fazer novas amizades. Os sofás são confortáveis e as mesas, praticamente coletivas. No fim das contas, um barato. Vale, sem dúvida, uma visita. Pena que esqueci de levar a máquina...

Na falta de foto, fiquem com o mapa de lá