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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Jazz no topo da favela

Finalmente consegui ir ao jazz no The Maze Inn, o hostel também conhecido como  A Casa do Bob, localizado em plena favela Tavares Bastos. O melhor da noite? Não gastei um centavo para entrar, pois tive a sorte de descobrir que um amigo músico está tocando lá. Encontrei o Leandro (Freixo) num show do grupo Cabuloso (do qual ele faz parte) no Centro de Referência, na Garibaldi. Ele me chamou para vê-lo tocar no The Maze e perguntei se ele não me arranjava dois convites (afinal, a entrada custa salgados R$ 30!).

Convites confirmados, partimos eu e Jaque rumo ao Catete. Para quem não sabe, a Tavares Bastos é uma rua de paralelepídos que sobe, sinuosa, como se fosse uma rua de Santa Teresa, cuja subida começa na Bento Lisboa (Catete). A gente vai passando por casarões fantásticos até não ter mais como seguir adiante e descobrir que está no meio da favela. Estacionei, e, logo, dois meninos se ofereceram para nos levar até a Casa do Bob: muito simpáticos e empolgados com o evento.

Não tivemos problemas para entrar, mas o lugar estava lotado e abafadíssimo. Afinal, sexta-feira fez um calor terrível e o lugar não conta com muitos ventiladores ou janelas. A varanda estava concorridíssima, então, mal conseguimos ver a paisagem deslumbrante que se vê lá de cima. Acho que é uma das vistas mais bonitas que se tem da baía de Guanabara em toda a cidade! Adoraria ter conseguido chegar lá na ponta. :-)

A música é realmente muito boa, mas os músicos praticamente não param de tocar. Isso me pareceu meio cruel, já que o lugar é tão quente. Entretanto, é claro que é ótimo poder contar com música ao vivo de qualidade praticamente todo o tempo. Quase não conseguimos falar com o Leandro, uma pena. Ah! Adorei o terraço do hostel, embora, de lá, não se ouça nem uma nota da música que continua a tocar, firme e forte. Acho, apenas, que faltam lugares para sentar... Ainda que de alvenaria (fica como sugestão).

Agora, problema sério mesmo é a bebida... A água sem gás acabou antes mesmo de a gente chegar. Eles conseguiram repor, mas continuou sem dar vazão e acabou de vez. A água com gás acabou em seguida. Tomei uma das últimas coca zero (como vocês podem notar, não estavávamos na pilha de encher a cara naquele suadouro) e, pelo que entendi, a cerveja estava quente. Sinceramente, a R$ 30 por cabeça, isso é bastante complicado... Mas não chegou a estragar a noite.

O público é bastante diversificado. Há muitos turistas estrangeiros, é claro, mas também cariocas de várias tribos. A mistura é inusitada, e, se estivesse um tiquinho menos cheio e fresco, seria o ambiente perfeito para interagir e fazer novas amizades. Os sofás são confortáveis e as mesas, praticamente coletivas. No fim das contas, um barato. Vale, sem dúvida, uma visita. Pena que esqueci de levar a máquina...

Na falta de foto, fiquem com o mapa de lá


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