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domingo, 8 de novembro de 2009

E chegou a segunda-feira...

Depois de muito ponderar, acabamos indo ao passeio de barco mesmo. Parecia promissor, mas achei bem fraco. Os passeios da Ilha Grande, apesar de contarem com uma infraestrutura um pouco menor, são infinitamente melhores, têm mais variedade. Explico-me: em Paraty, você chega no cais e encontra uma infinidade de barquinhos; o preço-se é o mesmo, assim como o passeio. Trata-se de um único roteiro com poucas varições. Pelo menos, esta foi a impressão que tive.

A Jaque queria ver se encontrava um barco em que uma conhecida trabalhava como cozinheira. Talvez, assim, ela conseguisse um bom desconto. Demoramos, mas encontramos. Acontece que a tal menina estava de licença, porque havia machucado o pé ou algo do gênero. Quase desistimos, mas aí já seria um pouco tarde para tentar ir a Trindade. Então, acabamos conseguindo um descontinho num barco ao lado, no qual um primo da dita cuja trabalhava.

Só que o passeio demorou a começar, porque não havia muita gente. As pessoas foram, aos poucos, aparecendo e um grupo muito estranho se formou. Éramos nós três (porque o Diego foi trabalhar), um paulista solitário que ficou de papo com a gente o tempo todo, dois casais de São Paulo com uma criança, sendo que uma das mulheres tinha uma voz irritantemente fina e chata (pior que a da minha tia-avó Luiza), e um grupo mais coroa que se isolou lá na frente do barco.

Fizemos duas paradas para mergulho e levamos uma eternidade na praia em que paramos para almoçar, onde um mala ficou testando o motor de sua lancha, espalhando óleo e fumaça para todo lado. De repente, o tempo começou a virar e a volta precisou ser antecipada. Foi só o tempo de pegarmos o carro e chegarmos na casa da Jaque para desabar o aguaceiro. Tomamos banho e arrumamos o resto das nossas coisas enquanto a água caía, mas na hora de pôr tudo no carro, a chuva já havia passado. Com medo de uma nova pancada, desistimos da ideia de comer tapioca na estrada e fomos embora.

A volta foi longa, longuíssima, por conta do engarrafamento que se armou no trecho em obras. Uma viagem de pouco mais de três horas se arrastou por cinco e chegamos em casa quase à meia-noite. Nem assim, porém, pretendo desistir dos planos que já fizemos para o réveillon. Esse ano, se tudo der certo, recepcionaremos o ano de 2010 em Paraty.

No píer, antes de começar a procura pelo barco

Agora, sim... No barco com a Jaque

Pausa para o almoço



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Última noite em Paraty

Retomando o fio da narrativa... Fim de tarde: fomos em casa almoçar. Foi quase uma janta, é verdade, mas valeu a pena. Jaque fez um maravilhoso-estupendo-magnífico strogonoff com a carne que sobrou do churrasco. Eu, mal-educadamente, me empanturrei. Não resisti. Mandei a dieta às favas, mais uma vez. A primeira nem havia sido com o bombom que comi lá no alambique... Na verdade, Jaque fez um megassanduíche para mim no café da manhã, caprichado na mostardinha de dijon que levei para ela, com tomate, alface... Do jeito que ela sabe que eu a-do-ro. Devo admitir aqui que, se hoje como tomates, é por causa da Jaque, que me convenceu a comê-los nos sanduíches que fazia para mim sempre que chegava faminta na casa dela... ainda no Rio, anos atrás.

À noite, aí sim, fomos novamente ao centro... E, então, comprei o tal vestido de poá. Paramos para comer um crepe no Le Castellet, que fica ao lado do tal cafe porteño. Tudo porque eu estava doida atrás de uma sobremesa, e não queria repetir o sorvete ou comer bombons (se bem que demos uma passadinha numa tal Maga que vende uns bombons razoáveis, mas não me apeteceu). Por isso, dividi um crepe doce com o Flávio, carregado no chocolate. Já nossos anfitriões, como o Diego não havia jantado (o pobrezinho trabalhou o domingo quase que inteiro!), comeram um crepe salgado que parecia bom, com mostarda e filé mignon.

Foi bastante divertido, mas o domingo já estava acabando e segunda era dia de pegar novamente a estrada. Fomos dormir sem muita certeza do que fazer no dia seguinte: ir a Trindade ou passear de barco? O tempo parecia ter firmado de vez, o feriado prometia ser de sol, mas eu tinha medo de ir à praia e acabar perdendo a hora. Não queria voltar muito tarde, porque não conheço bem a estrada e ela parece ter uma conservação precária... Enfim...

Fim de tarde no centro histórico de Paraty

Não sei o nome desse café, mas o Flávio
ficou um tempão tentando pôr a bonequinha para fumar

Foto rara do grupo completo, graças ao garçom do Le Castellet


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O domingo em Paraty

O domingo, conforme previa a meteorologia, amanheceu com sol. Meu digníssimo marido esqueceu a sunga, então, optamos por apenas fazer passeios de reconhecimento pela cidade. Em primeiro lugar, visitamos o alambique Engenho d’Ouro, pouco depois da casa da Jaque. Ok, a cachaça era gostosa, mas a real intenção da Jaque em me levar lá foi me apresentar a uma trufa de chocolate com cachaça, enorme e divina. Eu até me controlei e comprei apenas quatro (juro que são duas para mim e duas para o Flávio...), mas a vontade foi de ficar lá comendo uma após a outra, bebericando trocentos tipos de cachaça.

Em frente ao alambique, há uma cachoeira chamada Pedra Branca, mas não entramos. Afinal, além de o Flávio estar desprevenido, o sol não estava tão quente que me convidasse a encarar aquela água gelada, o local estava cheio de turistas e, o pior, a pedra forma um tobogã, coisa que abomino (tenho pânico de escorrega, sei lá). Cachoeira, para mim, só a piscininha. Expliquei, e a Jaque jurou que, da próxima vez em que estivermos por lá vai me levar a uma cachoeira da qual vou gostar. Mal posso esperar.

Em seguida, partimos para um roteirinho turístico: visitamos o quiosque La Luna, na praia de Jabaquara. O quiosque é presumivelmente argentino, mas foi a pior empanada que comi na vida: frita. Para mim, trata-se de um mero pastel (e nem é dos melhores). Não gostei. Assim como achei um despropósito não venderem água de coco. Poxa! A gente ali, de frente para o mar, naquelas mesinhas rústicas, tudo tão bonitinho... E sem água de coco. Eu ainda não estava no clima de tomar cerveja (e sobraram várias na casa da Jaque!). Cairia tão bem um coquinho... Uma pena.

Depois fomos ao forte Defensor Perpétuo (adorei o nome!). Não nos pareceu muito interessante pagar para ver a exposição interna, embora fosse uma mixaria, então aproveitamos para tirar fotos lá do alto do rochedo. A vista de lá é linda! E dá vontade de sentar por ali e ficar vendo a hora passar. Devo confessar que tive uma certa inveja de uma moça que lia um livro naquele cenário, bem como do moço que molhava os pés na água do mar verde-esmeralda. Paisagem de sonho, mesmo.

De lá, fomos fazer compras no centro. Não resisti e comprei um tapete (que ficou lindo junto ao sofá vermelho lá de casa!), uma bolsa coloridíssima, um colar de flor, um guarda-chuva vermelho enorme (fetiche meu)... e um vestido tomara que caia de bolinhas. Estou numa fase poá. Mas o vestido só comprei durante nosso passeio noturno, estou pondo a carroça à frente dos bois. Nesse passeio vespertino pelo centro, além de entrar e sair de lojinhas, passamos num outro bar argentino (figurinhas fáceis por lá)... Creio que o nome é Cafe Buenos Aires e parece que o forte são as empanadas, mas não experimentamos. Acabamos apenas tomando um café cheio de especiarias, o que deu início à peregrinação, que durou até a noite, em busca de um bom espresso. Infrutífera, vale dizer. Eta café aguado se bebe naquela cidade, sô!


Flávio posa para a foto clássica...
Só faltou deitar no chão para fingir beber direto da torneira

A praia de Jabaquara vista do quiosque La Luna

Celebrando dois anos de casados no alto do forte Defensor Perpétuo

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nosso sábado à noite em Paraty

Como eu contei no último post, estivemos em Paraty no feriadinho de Nossa Senhora Aparecida sob o excelente pretexto de visitar a Jaque. Por conta da chuva que castigou o Rio na sexta-feira à noite, não tivemos muita pressa para começar a viagem no sábado. Então, fomos dormir tarde e acordamos sem despertador, alimentamos as cadelas e fomos buscar nossa amiga...

Pois é, a Jaque havia vindo ao Rio, durante a semana, para o aniversário da avó e aproveitou para voltar de carro com a gente. Sorte dela, que encheu a mala do carro com as compras de mês que fez no Guanabara. E sorte nossa, porque tivemos uma boa companheira de viagem. Segundo ela, lá as coisas são bem mais caras. Aliás, depois que ela disse o preço do Omo por lá, chegamos a cogitar encher o carro de sabão em pó para vender no centro histórico de Paraty... Mas isso fica para uma próxima oportunidade. O fato é que ainda caía uma garoa pela manhã, por isso acabamos saindo quase ao meio-dia.

A programação do sábado chuvoso foi, então, fazer um churrasco. Antes, porém, aproveitamos para dar uma volta na cidade e tomar um sorvete na Miracolo. Eram vários sabores (igualmente salivantes), mas acabei acatando à sugestão da Jaque e escolhi o de avelã trufada. Gente! Que sorvete... Achei meio caro, mas valeu cada centavo. A Jaque, tadinha, estava doida para ver um filminho qualquer no II Festival Internacional de Cinema que estava rolando, mas acabamos perdendo a hora. Além de chegarmos com meia hora de atraso, ainda deixamos de levar a entrada (1 kg de alimento não perecível). E o Diego, que ainda não conhecíamos e que é um cara muito maneiro, descolou um engradado de Antárctica a preço de custo. Desistimos imediatamente da ideia do cinema e fomos em busca da cerveja, é claro. No caminho, passamos em dois mercados para comprar o que faltava para o churrasco, pegamos o engradado e fomos para casa.

Com isso, teve início o churrasco: Diego, talvez por ser filho de uruguaio, mostrou ter uma grande familiaridade com a grelha (eu disse "a gre-lha", hein!?) e nos empanturrou de carne... Eu ia dizer que foi de picanha, mas achei que a frase já teria duplo sentido demais... O fato é que o rapaz mostrou-se um exímio churrasqueiro e, sendo ele o único vendedor da Ambev da região, também provou ser um excelente contato para esse tipo de ocasião. Ficamos nessa brincadeira até o cansaço bater e fomos dormir, porque domingo seria um dia movimentado. Mas amanhã eu continuo a narrativa, juro.

Jaque fiscaliza o Diego na churrasqueira