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quarta-feira, 12 de abril de 2006

Vinicius, personagem plural e... singular


Como disse da última vez, fui assistir a “Vinicius” em pleno domingo de carnaval. Não devia ter esperado tanto. Acho que tinha medo de não gostar, porque tenho um certo pé atrás com a bossa nova. E, admito, nunca me considerei uma fã de Vinicius de Moraes.

Paguei por isso. Acabei assistindo a uma cópia ruim em um cinema minúsculo. Não me entendam mal, adoro o Estação Paço. É um cineminha simples, simpático, clima intimista. Mas é notório que ali se assiste à raspa do tacho. As pobres cópias que são exibidas no Paço, muitas vezes, já estão desbotadas e o som também não é dos melhores... E, putz!, ver um documentário tão cheio de música – boa música – sem poder degustar cada nota... Não poder observar cada detalhe daquelas imagens de acervo tão caprichadas... Uma pena, uma pena! Juro que verei de novo em dvd! Merece.

Pois é, não entendo nada de Vinicius. Mas é exatamente por isso que esse filme é perfeito. Pelo menos, para leigos, como eu, que têm a oportunidade de conhecer, compreender melhor o
poetinha. É didático sem ser chato; conta uma história envolvente, que intercala com depoimentos diversos e mostra até um pouco do ser humano Vinicius de Moraes. Saí de lá um pouco nostálgica, como tem sido freqüente, de um tempo que não vivi.

Aproveito para sugerir uma visita ao site oficial do poeta. Não, não é recente como o filme. Foi lançado, anos atrás, em comemoração aos 90 anos de Vinicius. Lembro bem, porque, ainda professora, cheguei a usá-lo em um projeto que fiz com meus alunos. Não deu muito certo, mas foi bastante divertido. As "crianças" cantaram, tocaram, escolheram poemas... E, nesse ponto, o site ajudou muito, é completíssimo.