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segunda-feira, 29 de março de 2010

Enquanto isso, no Centro Cultural dos Correios...

Costumo dizer que não gosto de exposições. Ao ouvirem isso, as pessoas, em geral, se assustam e começam a me criticar (algumas de maneira bastante impolida, aliás). Não entendem que eu, uma pessoa que elas julgam que goste de tanto de cultura, diga que não gosto de exposições. Mas o fato é que não gosto. Não da maioria delas, pelo menos. E não gosto por vários motivos: seja por conta das obras em si, de sua organização no espaço, do artista, da temática, seja por conta do público, que parece, por vezes, comparecer por obrigação.

Eu, admito, acho exposições, lato sensu, algo meio aborrecido. Lembro de uma, do Dalí, no Museu de Belas Artes, com obras interessantíssimas, mas cuja fila de entrada dava a volta no prédio. Resultado: parecíamos uma linha de montagem. Só dava tempo de parar rapidinho na frente de cada quadro ou escultura, porque a fila precisava andar. O mesmo aconteceu com a mostra do Rodin... E isso só para citar duas a que tive vontade de ir. Outras, confesso, o pavor de ter que esperar na fila para ver um quadro ou de ter que disputar o espaço à frente da obra (em algumas exposições não há fila) me fizeram, simplesmente, ficar em casa. Sei lá, não faço essa questão toda de ver ao vivo coisas que posso ver num catálogo ou na tela do meu computador. Entendo que outros prefiram ver de perto, observar as dimensões reais, a textura... E acho mesmo que isso é bastante lógico. O problema é que eu não sou uma pessoa de exposições.

Pois bem, fiz essa introdução enorme para que vocês entendam a dimensão do que vou recomendar agora. Estão sentados? É que eu fui, espontaneamente, ao Centro Cultural dos Correios para ver a mostra de arte coletiva A cara do Rio. Saí de lá encantada e até meio chateada, porque não consegui ver tudo no mesmo dia. É que eu aproveitei o intervalo da pós para o almoço e dei um pulinho lá, com minha amiga Flávia. Gostei tanto que assinei o livrinho e ainda voltei para terminar de ver num outro sábado de aula. E assinei novamenteo livrinho. Claro que não adorei todas as obras, mas é que há coisas tão legais que nem importa que nem todas o sejam. Ou seja, eu, pessoa não dada a exposições, recomendo que todos vejam essa mostra. A entrada é franca e a visitação ocorre de terça a domingo, das 12h às 19h. Além disso, o ar condicionado do Centro Cultural dos Correios (rua Visconde de Itaboraí 20, Centro) é maravilhoso e o elevadorzinho antigo que se pode usar para subir até o 3º andar é um charme. Mas corram, porque, no dia 11 de abril, termina.

Detalhe de uma de minhas obras preferidas: Assim caminha a humanidade
Autor: Robson Reis Marques - Realmente, tem mais impacto ao vivo...

Estando por lá, aproveitem para ver também a mostra O poeta é um fingidor, com pinturas do português Norberto Nunes, baseadas em obras de Fernando Pessoa. Vejam que eu, apesar de formada em letras e de ser uma amante da literatura, da mesma forma que não curto exposições, tampouco curto poesia, mas Fernando Pessoa... Há poemas simplesmente geniais. Mesmo porque não há somente um Fernando Pessoa, mas vários: um Bernardo Soares, um Alberto Caieiro, um Ricardo Reis... Caí lá por acaso, depois de perambular por umas gravuras mexicanas que quase me levaram ao tédio absoluto. Claro que não vi direito, pois já estava saturada, mas pretendo ir mais uma vez, para olhar com mais calma, fruir um pouco... Ora, vejam só... Será que acabarei mudando de ideia a respeito de exposições? Ou será que a maioria delas é que é tediosa como a tal das gravuras mexicanas? Em tempo: a mostra está no 2º andar do mesmíssimo Centro Cultural dos Correios, que abriga a primeira mostra recomendada. O horário de visitação é idêntico e o prazo para vê-la, idem.

Outra preferida, desta vez da exposição
de Norberto Nunes: Acordar na cidade de Lisboa

sexta-feira, 26 de março de 2010

Yes, eu amo pipoca! Mas faço dieta... Sempre.

Quem me conhece sabe que vivo de dieta. Dessa vez, porém, acho que acertei a mão e venho emagrecendo o que eu quero, com o acompanhamento de uma nutricionista (que, acho, não abandonarei nunca mais), mas de maneira realista: sem estresse e sem grandes restrições. Lembro da primeira vez em que estive no consultório dela, há coisa de um ano, e disse, na lata: "Olha, o problema é que eu não quero deixar de sair com meus amigos, tomar minha cerveja e comer besteira de vez em quando. Aceito reduzir tudo, manter as coisas equilibradas no meu dia a dia, mas não quero eliminar nada disso, ok?" E, putz, ela não só topou como ainda me deu alguma razão e me ensinou mil truques e estratégias para não morrer de fome e ainda me divertir com meus amigos, apesar da cara assustada que fez.

Desde então, tenho procurado ser mais saudável. Há tempos já vinha me cansando dos excessos. Pelo menos, da frequência com que esses excesssos surgiam pelo meu caminho. Não tenho vesícula desde os 22 anos (e lá se vão 10 anos), tenho histórico familiar de obesidade e de problemas no sistema digestivo. Sinceramente, achei que era hora de investir em qualidade de vida. E sabe que não tem sido tão complicado? Adoro pão e arroz integral, não faço questão de comer massa, nem queijo, e não sei fazer um prato de comida sem salada. Além disso, procuro tomar chás, comer frutas... Essas coisas que todo mundo sabe, mas não faz. A verdade é que como com os olhos e, confesso, quanto mais colorido for o prato, mais feliz eu fico. Meus hábitos alimentares só precisavam de um pequeno ajuste, principalmente no que dizia respeito à quantidade de calorias... E creio que, ainda que aos trancos e barrancos, tenho conseguido isso.

Pois bem, em teoria, tudo vai muito bem: além de controlar a alimentação, tenho conseguido me exercitar com frequência (faço o circuito da Contours cerca de quatro vezes por semana) e ainda brinco no Wii Fit sempre que possível. Entretanto, confesso, esse lance de controlar a alimentação nem sempre funciona, não. Cheguei a um ponto perigoso em que cedo a tentações e caprichos mais vezes do que gostaria. Ando gulosa demais. E tem sido difícil resistir, principalmente, a doces e guloseimas em geral. Como agora, por exemplo, que escrevo este post: acabo de ligar para o pipoqueiro e encomendar sacos de pipocas para todos do setor. Pois é, aqui somos atendidos pelo serviço de um Disk Pipoka. Obviamente, não resisti e pedi um saquinho também... misto: doce com leite condensado e salgada com bacon. Ai, caramba... Nem pensei. Já até comi. Estava tão bom... :-D

Para os curiosos e gulosos de plantão, interessados em pedir sua pipoquinha no trabalho, sem deixar salas e corredores fedendo a pipoca de micro-ondas, deixo aqui a propaganda do Disk Pipoka do Nelsinho, na Cinelândia (RJ):

DISK PIPOKA DO NELSINHO! TEL: 3472-8924 OU 8519-0236
De segunda a sexta, das 15h às 20h30, sem nenhum custo adicional
Quem preferir comprar in loco pode ir até a esquina de Rio Branco com Santa Luzia

  Este é o famoso Nelsinho, em foto
tirada de seu blog

Agora, vamos ao cardápio (tirado, também, do blog):

Sabores: Salgada comum, Salgada com bacon, Doce comum, Doce com leite condensado, Doce com chocolate e granulado.

Preços: Média (R$ 2,00); Grande (R$ 3,00); Cinema (R$ 4,00)

Entregas: Santa Luzia, Praça da Cinelândia, Álvaro Alvin, Senador Dantas, Lapa, Chile, Treze de Maio, Almirante Barroso, Porto Alegre, Pedro Lessa, México, Graça Aranha, Calógeras, Presidente Wilson, Beira Mar, Antonio Carlos (e posso garantir que eles já vêm até aqui: General Justo).

Se preferirem, sigam-no no Twitter!

Comam com sabedoria (e moderação, se preciso).

quinta-feira, 11 de março de 2010

Nas vagas horas...

Continuo lendo bastante. É nisso, basicamente, que tenho gastado meu tempo livre. Tanto que, atualmente, leio dois livros: Memórias de um rato de hotel, de Dr. Antonio (ou Arthur Antunes Maciel ou, ainda, João do Rio, como era conhecido o jornalista Paulo Barreto) e Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro, de Joaquim Manuel de Macedo. Como podem notar, ando num momento bem carioca. A leitura anterior, para que tenham uma ideia, foi Os subterrâneos do morro do Castelo, de Lima Barreto, leitura sugerida pelo Rodrigo Ferrari, da livraria Folha Seca. Adorei! Ok, vejo umas quantas séries na TV a cabo, isso é bem verdade e não vejo problemas em admitir. Adoro me distrair com bobagens. Vejo desde as já clássicas CSI (AXN) e House (Universal) às besteirinhas fantasmagóricas, como Medium e Ghost Whisperer, passando pelas "médicas", como Grey's Anatomy. A maioria acompanho pela TV mesmo. Outras, pego na internet (é o caso de Dexter e Epitafios, por exemplo). A última a entrar no roteiro foi Drop Dead Diva, que achei tolinha, tolinha... mas deliciosa.

Uma das minhas estantes, lar dos meus livros,
importada de Guaratinguetá (SP)


Além disso, gosto de ver filmes. Alguns eu alugo na Netmovies, outros dou sorte de "pescar" num Telecine ou HBO da vida. O problema da locadora é que eu nunca consigo alugar os DVDs na ordem em que gostaria de assisti-los. Com isso, cada troca de filme é uma surpresa, o que nem sempre é bom. Em primeiro lugar, porque a locadora não consegue adivinhar em que "clima" a gente está... Daí, eu, que misturo em minha lista vários estilos cinematográficos, sempre corro o risco de receber um drama no momento em que gostaria de ver uma comédia e vice-versa. Mas é uma boa locadora, tem muitos títulos, preço em conta e não cobra multa por atraso. Explico: a gente paga por um pacote, que dá direito a uma determinada quantidade de filmes por mês. Se der tempo de ver tudo, beleza. Se não der, a mensalidade está paga e pronto: continuamos com o filme por quanto tempo quisermos, mas não pegamos outro. Eu, obviamente, tenho o plano mais baratinho: tenho direito a quatro DVDs por mês. Não preciso mais que isso.

Com relação aos filmes que vejo na TV, lamento um pouco não ter como me programar direito. Foi por pura sorte que vi, por exemplo, Sobre café e cigarros no Telecine Cult. E foi graças à (nem tanta) sorte que também vi Divã. Explico: Lília Cabral é divertida, adoro, mas é tudo tão... Marta Medeiros. Também, pudera, é baseado num livro dela. Enfim, para quem gosta do estilo, é um prato cheio. Não é o meu caso. Eu, confesso, pulo sem dó a página dela na revista O Globo... Quando tenho como folhear a revista, claro. Nas poucas vezes em que tentei, para ter certeza que não era preconceito ou má-vontade, achei chato de doer. Não bateu, simplesmente.

Outra bobagem com a qual ocupo minhas horas vagas - embora cada vez menos, porque minha paciência anda curta - são os joguinhos do facebook. E dá-lhe Farmville, Yoville, Cafe World, Restaurant City, Roller Coaster Kingdom... Eu não resisto. É tudo tão coloridinho, tão fofo... Acabo entrando e jogando de vez em quando. Quem me conhece sabe que adoro criar perfis em redes sociais, sempre quero ver o que cada uma oferece, como fucionam. Tenho orkut, facebook, twitter, octopop, beltrano, hi5, multiply, myspace, o livreiro, orangotag... E devo ter outras, porque nunca lembro de todas. É claro que não participo ativamente de nenhuma algumas ficam abandonadas por meses ou, até, anos.

Por fim, quero falar sobre outras bobagens que me encantam na internet: este blog, que nada mais é do que isso, um espaço que criei porque queria entender como funcionava essa história de manter um blog; bizarrices de todos os tipos (minha fonte primária é o Planeta Bizarro, do G1, mas adoro o Fail Blog, o Cake Wrecks, os já manjados Kibeloco e Pérolas do Orkut...); brincar com joguinhos em flash e jogar conversa fora no MSN, no GTalk e no recentemente ressucitado ICQ. Além disso, ando vidrada no Wii Fit... Claro que, antes que me recriminem, prefiro encontrar os amigos pessoalmente, sentar numa mesa de bar, convidar a galera para vir a minha casa (acho o exercício da hospitalidade essencial à vida). O problema é que isso nem sempre é possível, não é? Às vezes, não dá para conciliar as agendas, ou os amigos não estão por perto e o que nos resta é a tecnologia.

Se você chegou até o fim deste post, talvez esteja se perguntando: essa mulher não trabalha?, não estuda?, não tem casa?, não tem marido?, família?, bichos de estimação?... Pois bem, antes que me perguntem, respondo: sim, tenho tudo isso e ainda malho (são 30 minutos, mas já é alguma coisa). Apenas não considero o tempo que "gasto" com nada disso como tempo livre. Trabalhar, estudar, viver em família (com meu marido e meus pais, principalmente), brincar com minhas cadelas e com minha gata, ir à academia, para mim é rotina. Assim como ir à farmácia, ao supermercado... Uma rotina por vezes mutável, mas ainda assim uma rotina.