Venci a preguiça e fui ao CCBB assistir à mostra “Por ti América” (em cartaz até 29 de janeiro). De repente, me vi em meio a fragmentos de civilizações tão anteriores à nossa. Verdadeiros pedaços de um continente com o qual mal conseguimos sonhar... É a velha história: seriam os deuses astronautas? Sei lá. Mas o fato é que são várias perguntas sem resposta e uma enorme quantidade de conhecimentos perdidos, talvez para sempre.
É aterrador perceber que da cultura riquíssima de um povo, muitas vezes, só sobram os vasos, pequenas esculturas e enfeites. Na exposição, além disso, vemos pedaços de tecidos e vídeos explicativos. Os nomes dos povos, os tais sambaquis, tupinambás e afins, a gente vai aprendendo aos poucos... E o nome dos locais, idem. Afinal, quando se fala em América Pré-Colombiana, não dá para usar a terminologia atual e referir-se a Brasil, Argentina... Então, dá-lhe Mesoamérica, Andes etc.
Essa visita me fez lembrar, ainda, de um filme a que assisti em dvd. Já faz alguns meses, mas não cheguei a comentá-lo por aqui. Chama-se “Narradores de Javé” e é um filme que fala sobre a memória de um povo. Dirigido por Eliane Caffé, o filme traz no elenco nomes como o de José Dumont, Matheus Nachtergaele, Gero Camilo, Nelson Dantas e Nelson Xavier, entre outros. A história conta o seguinte: ao saberem que a cidadezinha de Javé será inundada para a construção de uma usina hidrelétrica, os moradores decidem preparar um documento contando os grandes feitos da cidade, numa tentativa de salvá-la da destruição. Para isso, recorrem a Pedro Biá (José Dumont), que é o único que sabe escrever e que, no passado, numa tentativa de salvar seu emprego nos Correios, provocou uma grande confusão ao escrever cartas anônimas para todos.
O filme é simples. Singelo talvez seja a melhor palavra. Os personagens são engraçados, embora um tanto superficiais... E as situações, ah, são engraçadíssimas! Além do mais, acho tão poética a história das cartas de Pedro Biá! Eu mesma já me peguei prometendo voltar a enviar cartas, caso os Correios corressem o risco de fechar suas portas por causa da internet... Mas, voltando ao filme, embora o fim deixe um pouco a desejar, considero-o imperdível. Tanto quanto a exposição, aliás. Fico imaginando aqui o que teríamos sabido se cada povo, antes de desaparecer, produzisse um documento coletivo em que contasse toda a sua história. Talvez fosse uma narrativa tendenciosa e, com isso, se tornasse um fragmento a mais. Mas é possível, também, que fosse a chave para milhares dos mistérios que permeiam a história da humanidade. E, assim, poderíamos olhar para o futuro com mais atenção, pois teríamos – verdadeiramente – uma consciência do passado.
É aterrador perceber que da cultura riquíssima de um povo, muitas vezes, só sobram os vasos, pequenas esculturas e enfeites. Na exposição, além disso, vemos pedaços de tecidos e vídeos explicativos. Os nomes dos povos, os tais sambaquis, tupinambás e afins, a gente vai aprendendo aos poucos... E o nome dos locais, idem. Afinal, quando se fala em América Pré-Colombiana, não dá para usar a terminologia atual e referir-se a Brasil, Argentina... Então, dá-lhe Mesoamérica, Andes etc.
Essa visita me fez lembrar, ainda, de um filme a que assisti em dvd. Já faz alguns meses, mas não cheguei a comentá-lo por aqui. Chama-se “Narradores de Javé” e é um filme que fala sobre a memória de um povo. Dirigido por Eliane Caffé, o filme traz no elenco nomes como o de José Dumont, Matheus Nachtergaele, Gero Camilo, Nelson Dantas e Nelson Xavier, entre outros. A história conta o seguinte: ao saberem que a cidadezinha de Javé será inundada para a construção de uma usina hidrelétrica, os moradores decidem preparar um documento contando os grandes feitos da cidade, numa tentativa de salvá-la da destruição. Para isso, recorrem a Pedro Biá (José Dumont), que é o único que sabe escrever e que, no passado, numa tentativa de salvar seu emprego nos Correios, provocou uma grande confusão ao escrever cartas anônimas para todos.
O filme é simples. Singelo talvez seja a melhor palavra. Os personagens são engraçados, embora um tanto superficiais... E as situações, ah, são engraçadíssimas! Além do mais, acho tão poética a história das cartas de Pedro Biá! Eu mesma já me peguei prometendo voltar a enviar cartas, caso os Correios corressem o risco de fechar suas portas por causa da internet... Mas, voltando ao filme, embora o fim deixe um pouco a desejar, considero-o imperdível. Tanto quanto a exposição, aliás. Fico imaginando aqui o que teríamos sabido se cada povo, antes de desaparecer, produzisse um documento coletivo em que contasse toda a sua história. Talvez fosse uma narrativa tendenciosa e, com isso, se tornasse um fragmento a mais. Mas é possível, também, que fosse a chave para milhares dos mistérios que permeiam a história da humanidade. E, assim, poderíamos olhar para o futuro com mais atenção, pois teríamos – verdadeiramente – uma consciência do passado.
Um comentário:
ô dona moça, vê um cafezin faz favor.
Postar um comentário