Desde cedo, chovia sobre o Rio de Janeiro. Domingo perdido, de poucas opções de lazer. Passei o dia em casa, estudando. Uma chatice o trabalho de psicologia pedido pelo meu professor... Puro tédio. Aproveitei para arrumar umas gavetas e prateleiras, apenas. Mas, como sempre, fiquei com a sensação de que não consegui organizar nada. Decididamente, faxina não é o meu forte.
Já era noite quando lembrei de abastecer o carro. Dirijo uma marajó movida a gás e já estava na reserva. No dia seguinte, não teria tempo de parar no posto antes de ir para o trabalho... Não tinha jeito, teria de enfrentar a chuva. Preguiça, preguiça, muita preguiça. Mas tomei coragem, peguei o carro e lá fui eu para São Cristóvão. Desde que fiz a conversão para o GNV, abasteço naquele posto BR que tem na Quinta da Boa Vista. Bom serviço e preço em conta.
Gosto de São Cristóvão. É um bairro que ainda guarda ares de nobreza, da época do Brasil Império. É arborizado e fica perto do Centro. Tem tudo para ser um bairro agradável, não fosse o completo abandono em que se encontra. A começar pela parte histórica. É notório que o Museu Imperial, por exemplo, há anos, sofre com a má conservação. E o mesmo acontece com todo o resto: o Zoológico, a própria Quinta, o Museu de Astronomia, a Casa da Marquesa de Santos... Enfim, a cada dia é um pedaço de História que se perde.
Além disso, é triste ver tanta sujeira pelas ruas mal iluminadas. E dói, também, ver as prostitutas que circulam pelas imediações da Quinta... Sob a garoa que caía naquele domingo, eu a vi. Ela era gorda e estava ali, bem perto do posto. Sua roupa, cheia de paetês e lantejoulas, chamava a atenção. Usava maquiagem forte e o cabelo solto, no melhor estilo femme fatale. Mas a rua estava vazia e, de repente, me dei conta de que, dificilmente, ela conseguiria clientes naquela noite. Já não era bonita... Continuei a observá-la e vi que espirrava. Pegou um lenço na bolsa, assoou o nariz. Foi então que ela olhou em minha direção e pude ver seu rosto de frente. Não senti pena, mas um misto de solidariedade e admiração. Literalmente, uma puta guerreira!
Já era noite quando lembrei de abastecer o carro. Dirijo uma marajó movida a gás e já estava na reserva. No dia seguinte, não teria tempo de parar no posto antes de ir para o trabalho... Não tinha jeito, teria de enfrentar a chuva. Preguiça, preguiça, muita preguiça. Mas tomei coragem, peguei o carro e lá fui eu para São Cristóvão. Desde que fiz a conversão para o GNV, abasteço naquele posto BR que tem na Quinta da Boa Vista. Bom serviço e preço em conta.
Gosto de São Cristóvão. É um bairro que ainda guarda ares de nobreza, da época do Brasil Império. É arborizado e fica perto do Centro. Tem tudo para ser um bairro agradável, não fosse o completo abandono em que se encontra. A começar pela parte histórica. É notório que o Museu Imperial, por exemplo, há anos, sofre com a má conservação. E o mesmo acontece com todo o resto: o Zoológico, a própria Quinta, o Museu de Astronomia, a Casa da Marquesa de Santos... Enfim, a cada dia é um pedaço de História que se perde.
Além disso, é triste ver tanta sujeira pelas ruas mal iluminadas. E dói, também, ver as prostitutas que circulam pelas imediações da Quinta... Sob a garoa que caía naquele domingo, eu a vi. Ela era gorda e estava ali, bem perto do posto. Sua roupa, cheia de paetês e lantejoulas, chamava a atenção. Usava maquiagem forte e o cabelo solto, no melhor estilo femme fatale. Mas a rua estava vazia e, de repente, me dei conta de que, dificilmente, ela conseguiria clientes naquela noite. Já não era bonita... Continuei a observá-la e vi que espirrava. Pegou um lenço na bolsa, assoou o nariz. Foi então que ela olhou em minha direção e pude ver seu rosto de frente. Não senti pena, mas um misto de solidariedade e admiração. Literalmente, uma puta guerreira!
Nenhum comentário:
Postar um comentário