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terça-feira, 31 de maio de 2005

Minha relação com o cinema português



Desde que assisti ao último filme do Manoel de Oliveira, sobre o qual comentei no post anterior, venho tentando descobrir um jeito de manter-me a par da produção cinematográfica de além-mar. Tarefa difícil. A internet ajuda, no sentido de encontrar as fichas técnicas e demais informações, porém não faço idéia de como assistir aos filmes propriamente ditos. Então, só me resta esperar pela boa vontade dos programadores das salas e aguardar novas oportunidades.

Sempre me interessei pela cultura portuguesa. Sou curiosa por natureza. Mas admito que sofro de uma curiosidade quase doentia a respeito de tudo o que se refere às culturas que deram origem ao que chamamos cultura brasileira, na qual estou mergulhada. Entretanto, o que busco não é o que está nos livros de História. Tenho sede de troca, de intercâmbio. Daí a vontade de conhecer um pouco do que se faz, hoje, na "terrinha" e, também, nas ex-colônias. O pouco que conheço desse mundo lusófono extra-brasileiro, devo à minha formação em Letras, que me proporcionou o contato com autores como o português Saramago, o angolano Pepetela, a descoberta de uma língua galega e, já na pós-graduação, uma visão do Timor Leste.

Entretanto, meu primeiro contato com o cinema português só veio a acontecer em 98 (no Encontro com Portugal, ocorrido em Niterói), quando pude ver de perto várias vertentes da cultura portuguesa contemporânea. Naquela época, ainda estudante de Letras, lembro da sensação de descobrir um mundo todo novo, falado em português. Até então, meu contato com a produção cultural lusitana só tinha se dado através dos livros. Ouvir os sotaques na rua era delicioso! E o show do Madredeus na praia de Icaraí foi algo memorável...

Mas, voltando aos filmes... Infelizmente, já não lembro de quase nada, à exceção de um título, porque me fez rir na época. Ainda hoje acho graça. Chamava-se: “Mortinho por chegar a casa”. Não é ótimo? Trata-se de uma produção Portugal/Holanda de 96, realizada por Carlos Silva e George Sluizer. Não lembro dos detalhes, mas conta a história de um sujeito que morre no estrangeiro e vai assombrar a irmã para que ela o enterre em Portugal. E o filme é isso: uma comédia em que a mulher, sempre acompanhada pelo impaciente fantasma do irmão, tenta levar o corpo deste para ser enterrado na terra natal. Muito divertido, mas só quem pôde acompanhar a programação do evento, em Niterói, conseguiu assistir. Nunca mais ouvi falar.

Um comentário:

Andre_Ferreira disse...

E quando vires um filme do João César Monteiro vais ficar maravilhada :). Esse filme "Mortinho por chegar a casa" é muito divertido e bonito.