(18 setembro de 2004)
Trabalhar e estudar é uma rotina bastante cansativa. Imagino quantos, como eu, cumprem essa dupla (quando não, tripla...) jornada. O sujeito passa o dia inteiro no trabalho – em geral, as 8h de praxe – e aproveita seu tempo livre para estudar. Há aqueles que têm casa e família para cuidar. E outros que ainda conseguem reservar um horário para a prática de exercícios físicos. Isso para não falar de algo comum a todos: a manutenção do que chamamos vida social, indispensável. Não é para qualquer um.
É claro que ninguém dá conta de tudo isso simultaneamente. Um dia, é o trabalho que vence. No outro, a faculdade ganha destaque. O mesmo acontece com a casa, a família, o barzinho, o cinema no fim-de-semana... É mais ou menos como na música do Chico Buarque: "a gente vai levando". Ou, ainda não havia pensado nisso, vai ver a tal campanha do governo faz algum sentido, afinal, porque "a gente é brasileiro e não desiste nunca". Será!?
Confesso que sinto prazer em estudar. Quando me perguntam por que desejo um novo diploma, sou capaz de enumerar uma série de motivos. Mas, logo em seguida, acho todos superficiais e chego a pensar que não justificam nada: assistir às aulas pode ser muito interessante, mas não é assim tão fundamental. O mesmo com relação às leituras pedidas, pois o que torna um curso proveitoso são as trocas que ele proporciona. E estas não podem ficar restritas à transmissão de conhecimento unilateral que se dá entre professor e aluno! Uma relação ensino-aprendizagem saudável se dá através de questionamentos, debates. Inclusive, informalmente, entre os próprios estudantes, longe da figura do professor.
Penso que uma boa faculdade não se faz só em sala de aula, é preciso ir além. No caso da Facha, que é onde eu estudo, são componentes curriculares importantíssimos: o pátio (daí a patiologia do subtítulo), os corredores, o Leo, a Farani... A faculdade é, para mim, o espaço onde me reciclo, aprofundo amizades e faço novos amigos. É por isso que me despenco de Niterói, todas as noites, até Botafogo. Graças à Facha, conheci o Rodrigo, a Fárida, a Isabela, o Rafael e tantos outros. São eles que me fazem companhia e tornam divertidos os intervalos entre as aulas. Além disso, a volta para casa, certamente, seria bastante penosa sem os meus amigos tijucanos. Que a marajó velha de guerra segure o tranco!
Um comentário:
Deus! Meu rosto está enorme na foto! Whatever...
Passei só pra agradecer... Agradecer a carona, a compania, as risadas, os esporros, as bobeiras, as fofocas da vida alheia e tudo mais!
Te adoro!
E salve a patiologia!
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